A tatuagem já foi usada para identificar bandidos e enfeitar poderosos; para juntar tribos e afugentar inimigos; para mostrar preferências e esconder imperfeições. O que não mudou quase nada foi a técnica de aplicação de tinta na pele. Hoje varias pessoas tem esse habito de se tatuarem e é super fashion apostar em tatuagem.Contarei um pouco dessa historia que mudou tudo quando se popularizou.
A tatuagem passados mais de 4 mil anos, ela ainda é feita por meio de agulhas que perfuram a derme. Perseguida em vários momentos da história, a prática foi banida por decreto papal no século 8 e na Nova York do século 20. Apesar disso, é difícil encontrar quem nunca tenha pensado em fazer uma. No contexto da sociedade contemporânea, o individualismo induz muitas pessoas a fazerem de sua pele o local do registro de idéias, valores ou da simples vaidade. Um dos mais conhecidos registros que se tem sobre as tatuagens é do capitão inglês James Cook, quando o mesmo tentava entrar em contato com os nativos do Taiti. O povo daquela região designava o hábito de pintarem definitivamente a pele de “tatau”, por conta do barulho produzido pelos instrumentos utilizados na confecção de suas tatuagens. No entanto, não podemos dizer que eles foram os primeiros a desenvolverem esse tipo de hábito. O homem de Ötzi, com cerca de mais de 5300 anos, fazia inveja a qualquer aficcionado por tatuagens dos dias de hoje. Em seu corpo foram encontradas mais de cinqüenta tatuagens que, de acordo com alguns estudiosos, tinham significações religiosas. A prática da tatuagem também foi registrada entre os egípcios e os pictos, uma civilização antiga do Norte da Europa. No Brasil, diversas tribos indígenas traziam tatuagens pelo corpo. Os waujás e os kadiwéus são alguns dos povos indígenas que utilizavam da pintura definitiva para expressarem rituais de passagem e reverência a alguns elementos da natureza.
Apesar da existência da tatuagem, esse hábito não se popularizou por conta das culturas indígenas. Foram os marinheiros ingleses, por meio do contato com os polinésios que difundiram essa prática pelo mundo. A reprodução de feras do mar, caveiras e embarcações demonstravam as aventuras desses homens que se lançavam pelo mar. Sendo os mesmos sujeitos de pouca condição financeira ou influência social, fizeram da tatuagem algo popular entre os guetos, prostíbulos e cavernas freqüentadas pela “escória”, ou seja, desocupados, lutadores de rua, criminosos e prostitutas. Esse tom marginal dado à tatuagem também fazia com que corpos tatuados fossem presença garantida nas atrações circenses dos chamados freak shows. Foi somente na segunda metade do século XX que a tatuagem incorporou os ideais da cultura ocidental. O seu tom contestatório ultrapassou barreiras tornando-se um símbolo de ousadia e personalidade. Motivações íntimas, delicadas e suaves também incorporaram o mundo das tatuagens. Homens e mulheres de mais idade hoje também tatuam seus corpos. Ela deixou de ser um item exclusivo de uma cultura jovem para tornar-se uma via de expressão da subjetividade.
Nos dias atuais, é muito comum as pessoas terem uma tatuagem, seja uma frase, uma palavra, palavras nos alfabetos orientais, desenhos, símbolos, entre outros estilos de tatuagem, tudo depende da criatividade da pessoa e o significado que aquele desenho tem para ela, pois é definitivo e mesmo que haja cirurgias para retirá-la, ainda não tem um resultado totalmente esperado, pois trata-se de agulhas que marcam a pele. Ainda assim, as pessoas não se importam com o detalhe de ser algo definitivo, tatuam a pele sem o menor receio ou sem ao menos pensar em um bom motivo para tatuar-se, apenas fazem a tatuagem porque sentem vontade de ser um pouco mais moderno ou porque admira essa arte.
Os desenhos variam muito dependendo da pessoa, e devido á isso, há quem desenhe as tatuagens em camisetas, servindo como estampas que são muito diferentes das feitas em fábricas de roupas, pois tem um toque especial e é feito a mão, assim ninguém terá uma camiseta igual a sua, e o custo desse trabalho não é tão alto quanto algumas pessoas pensam, saem bem mais em conta do que uma tatuagem, porém não é tão comum esse tipo de trabalho, apenas alguns tatuadores fazem. Como pudemos perceber, a tatuagem está se tornando cada vez mais aceito e comum na sociedade.Apesar de estarem na moda, as tatuagens contradizem o fator efémero da moda: elas são permanentes. A moda vai mudar, e as tatuagens não vão a lado nenhum (bem, quem puder pagar e suportar a remoção com laser talvez tenha outra opinião).É por esta razão que as tatuagens temporárias estão a ser cada vez mais usadas. Em 2010, a Chanel surpreendeu a todos com a sua coleção de tatuagens temporárias, que geraram opiniões muito divergentes.
Moda e beleza às vezes nos pregam peças. Rick Genest é um jovem canadense de 25 anos aficionado pela cultura punk e que, desde a sua primeira tatuagem, feita aos 16 anos, ganhou o desejo de reproduzir em seu corpo, inúmeras outras tattoos, de modo a simular um cadáver em decomposição. Atualmente, Rick, mais conhecido como Zombie Boy, possui mais de 95% de seu corpo coberto por desenhos, e ainda nutre a expectativa de tatuar a região branca dos olhos e os dentes caninos. Mas Rick teria continuado a ser apenas um figura assustadora a caminhar pelas ruas de Montreal, não tivesse sido descoberto em 2010 por Nicola Formichetti, responsável pelos figurinos de Lady Gaga e diretor criativo da linha de moda masculina e feminina de Thierry Mugler.Rick foi convidado para ser a grande estrela da grife e tornou-se o modelo mais exótico da moda mundial. Ao lado de supermodelos, Zombie Boy desfila os mais novos lançamentos da temporada em seu corpo todo coberto por desenhos fantasmagóricos, estabelecendo um contraste curioso com o meio e que atua. Moda e beleza insólita em uma reunião espantosa. Desde então, essa figura esquisitinha, mais adequada ao um filme de Hitchcock do que a uma passarela tornou-se o muso da Mugler e recentemente, fez até uma participação no clip Born This Way, de Lady Gaga. Ensaio especial na Vogue, astro da campanha de uma empresa de maquiagens e cosméticos, parece que os padrões de beleza estão mudando aos poucos, ao menos no mundo das passarelas. Prova de que moda e beleza são duas categorias controversas e de que talvez também sejam pura questão de gosto pessoal.
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